sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dormideira


No chão e no mato 
Há belezas intensas 
Entre indiferenças 
Anônimas, de fato 

Hoje em dia 
Coisa comum é raridade 
No verniz vulgar da vaidade 
De visão torpe e doentia 

Então se vê na dormideira 
Atroz qualidade não-vegetal 
A de responder ao sinal 
Ao toque, à brisa prazenteira 

De folha farta e flor bela 
Por ingênua sismonastia 
Recolhe-se em agonia 
Depois demuda, e se revela 

Victor Chaves 

Fonte: instagram.com/vcoficial

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